O amor dele sempre me pareceu curioso, mais do
que qualquer outra coisa. Era do tipo de desinteressado, mas completo de
companheirismo. Ele não esperava nada de mim, aceitava o que lhe desse e me
dava o que eu não tinha. Fazia-me acreditar que existe uma razão para o facto
de sermos imperfeitos, ele encontrava beleza em cada pedaço de mim, até naqueles que eu
detestava.
Era um amor curioso, sim. Todas as manhãs ele
questionava-me sobre os meus objectivos, não a longo prazo mas, para aquele
único dia. Eu nunca sabia o que responder e ele sorria ao dizer-me que não se
pode caminhar sem saber para onde vamos. Com ele aprendi a fazer planos, a não
esperar que os outros sejam para mim aquilo que sou para eles. Aprendi a
aceitar a individualidade.
O amor dele era doce, mais do que uma fruta
madura. Era quente e aconchegante, fazia-me sentir bem-vinda.
O amor dele era a minha casa.
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