Tu não és exactamente aquilo que eu sempre sonhei. Não lês Nicholas Sparks nem sabes nada sobre o Caio Abreu, tu não ouves as minhas músicas preferidas. Achas Jazz entediante e Blues muito ultrapassado. Tu és desajeitado e falas palavrões. Andas com os tênnis quase sempre sujos e os botões do casaco abertos. Falas com comida na boca, não cuidas do teu cabelo e nem reclamas do meu por estar sempre a cair para o rosto. Conheces muita gente e mais gente ainda te conhece.
Não sei o que vejo em ti e ainda estou a procura do que não vejo. Tu és o oposto de mim. Não ligas para o que os outros dizem e vives a vida do jeito mais maluco possível, como se não houvesse amanhã ou como se amanhã fosse tarde demais.
Eu tenho uma alma antiga, sou velha, chata e antiquada. Não sei dançar e nem vou para as festas que o pessoal da escola organiza. As minhas drogas são livros e chocolates, a única coisa que sei matar é a ignorância e morro de medo de não ser boa o suficiente. Sou velha e chata para a minha idade. Tenho uma alma antiga e muitos dizem que sou repetitiva.
Eu tenho uma alma antiga, sou velha, chata e antiquada. Não sei dançar e nem vou para as festas que o pessoal da escola organiza. As minhas drogas são livros e chocolates, a única coisa que sei matar é a ignorância e morro de medo de não ser boa o suficiente. Sou velha e chata para a minha idade. Tenho uma alma antiga e muitos dizem que sou repetitiva.
Mas já ouvi dizer que opostos se atraem, talvez seja por isso que algo em ti me chame atenção e algo em mim te tire toda a atenção.
Ainda ontem no pátio eu olhei para ti e perguntei:
— Tu podes ter todas as raparigas que quiseres, porquê eu?
Tu sorriste e respondeste:
— E porquê outra pessoa?
— E porquê outra pessoa?
Envergonhada, preferi não dizer nada, passei a mão pela minha saia comprida até ao joelho e fingi ler uma das páginas do meu livro preferido. Tu tiraste do bolso um rebuçado de menta e olhaste para mim a espera de uma resposta. Passaram-se uns segundos, e eu sussurrei:
— Porque elas fazem o teu tipo. Eu não.
— Porque elas fazem o teu tipo. Eu não.
Tu soltaste uma daquelas gargalhadas irritantes, os colegas todos olharam para nós e eu fiquei mais envergonhada ainda. Dei-te um toque com o cotovelo, tu paraste de rir, logo a seguir afastaste-me o cabelo do rosto e disseste:
— É justamente por isso que eu te amo. O que te faz ser diferente de todas elas, é que tu nunca tentaste ser igual a nenhuma. Tu és especial e eu amo cada detalhe teu. Mesmo sendo a rapariga mais estranha do mundo, tu ainda és melhor que o resto do mundo.
— É justamente por isso que eu te amo. O que te faz ser diferente de todas elas, é que tu nunca tentaste ser igual a nenhuma. Tu és especial e eu amo cada detalhe teu. Mesmo sendo a rapariga mais estranha do mundo, tu ainda és melhor que o resto do mundo.
Aquelas foram as palavras mais bonitas que já ouvi. E naquele momento eu percebi que o amor não se procura nem se espera. Ele simplesmente aparece. E quando aparece, ah, ele não tem remédio.
Nós somos diferentes, e é por isso que nos completamos.
Rosa,
ResponderEliminarque texto mais lindo *-*
Tão cheio de sentimento,
daquela beleza que é pura sabe ?
Me fez imaginar toda a cena em minha mente !
Adorei !
Um beijo
Jhosy
http://meninamsicaeflor.blogspot.com.br/
Que texto lindo! Amei!
ResponderEliminarE o que seria de nós se não fossem as diferenças?!
ResponderEliminarElas que fazem o mundo ficar mais bonito.
Beijinhos
Nai Melo
que texto perfeito! ❤-❤ foi você mesma que escreveu?
ResponderEliminar*0*
www.damadevestidoazul.com
Adorei o texto!
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